Prótese de Silicone nos Seios: História, Tipos, Evolução e Cuidados
A prótese de silicone nos seios é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo. Utilizada tanto por razões estéticas quanto reparadoras, ela visa aumentar, reconstruir ou corrigir o formato das mamas.
Neste artigo, você vai entender o que é a prótese de silicone, os tipos disponíveis, como essa tecnologia evoluiu ao longo dos anos, além de conhecer os riscos e cuidados necessários.
O Que é a Prótese de Silicone?
A prótese de silicone é um implante médico utilizado para:
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Aumentar o volume dos seios
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Corrigir assimetrias ou deformidades
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Reconstruir a mama após cirurgia de câncer
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Modificar a forma e textura da região
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Criar seios em pessoas trans (cirurgia de redesignação de gênero)
Ela é composta por uma cápsula externa de elastômero de silicone, preenchida com gel de silicone ou solução salina.
Tipos de Prótese de Silicone
Existem três tipos principais de implantes mamários, classificados pelo material de preenchimento:
1. Prótese de Solução Salina
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Preenchida com soro fisiológico estéril
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Caso rompa, o corpo absorve o líquido sem riscos
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Pode apresentar aspecto menos natural ao toque
2. Prótese de Silicone (Gel Coesivo)
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Preenchida com gel viscoso que simula o tecido mamário
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Mais usada atualmente pela aparência e textura naturais
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Menor risco de deformação, mesmo em caso de ruptura
3. Próteses com Compostos Alternativos (pouco usadas)
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Já foram testados materiais como óleo de soja, polietileno, espuma de poliuretano
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Muitos foram abandonados por apresentarem alto risco e efeitos colaterais
História da Prótese de Silicone nos Seios
O aumento dos seios cirurgicamente não é uma ideia recente. Veja como essa prática evoluiu:
Final do século XIX
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Em 1895, o cirurgião Vincenz Czerny realizou o primeiro implante mamário com gordura retirada da própria paciente.
Século XX
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Foram testados materiais como parafina, marfim, vidro, borracha, lã, entre outros — todos com resultados desastrosos.
1961–1962
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Criada a primeira prótese moderna com gel de silicone pelos cirurgiões Thomas Cronin e Frank Gerow, nos EUA.
1964
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Surge o implante de solução salina, desenvolvido na França.
A Evolução das Próteses de Silicone
1ª geração (década de 1960)
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Formato de gota
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Gel viscoso com alto risco de rotação e ruptura
2ª geração (década de 1970)
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Invólucros mais finos e gel menos denso
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Alta taxa de vazamentos e complicações
3ª e 4ª gerações (década de 1980)
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Melhoria na estrutura da cápsula
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Modelos com formato anatômico e redondo
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Redução significativa de vazamentos
5ª geração (meados da década de 1990 até hoje)
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Gel coesivo semi-sólido
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Redução quase total de migração de silicone
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Baixo índice de contratura capsular e rupturas
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Alto nível de segurança e durabilidade
Riscos e Cuidados com a Prótese de Silicone
Apesar da eficácia e popularidade do procedimento, é fundamental estar ciente dos possíveis riscos:
Riscos cirúrgicos:
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Reações à anestesia
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Infecções
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Hematomas
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Acúmulo de líquido (seroma)
Riscos relacionados ao implante:
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Ruptura da prótese
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Vazamento de gel
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Contratura capsular (endurecimento ao redor da prótese)
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Necessidade de troca ou revisão após alguns anos
Outros pontos de atenção:
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O implante não dura para sempre — geralmente tem vida útil de 10 a 15 anos
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Pode interferir em exames de imagem, como a mamografia
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Algumas mulheres relatam dores, desconfortos ou alterações na sensibilidade
A prótese de silicone nos seios é uma solução eficaz para quem deseja aumentar, modelar ou reconstruir as mamas. A tecnologia evoluiu muito, tornando os procedimentos cada vez mais seguros e com resultados naturais.
Mas, como qualquer cirurgia, envolve riscos, exige investimento financeiro e deve ser feita com acompanhamento de profissionais experientes e éticos.
Se você está considerando esse tipo de cirurgia, busque informações, tire todas as suas dúvidas e avalie com calma o que é melhor para o seu corpo e para a sua saúde.
